domingo, 21 de agosto de 2011

Velhice

Quando era bem mais nova, o tempo passava devagar. O Natal, o aniversário, a Páscoa, eram dias esperados com muita expectativa. Lembro-me que morava com  minha avó, tempo de estudar, meus pais estavam abrindo fazenda, derrubando mato para plantar café. Minha vida era brincar, ir para escola. Minha avó era uma pessoa muito generosa. Lembro-me que era viúva há muito tempo, era rica, dona de muitas propriedades, uma pessoa muito simples, com educação esmerada, gostava das coisas boas, muito ativa.
Hoje, pensando em velhice, vejo que naquela época achava minha avó uma pessoa velha. Hoje seria uma jovem senhora, pois ela devia ter uns quarenta anos, hoje uma mulher de quarenta anos é muito mais jovem. Não sei se é porque já passei dessa idade e sinto-me muito bem, vejo que a medicina, a tecnologia e a vida cotidiana é muito mais cuidadosa conosco. Não temos que fazer muitos trabalhos que antes as mulheres faziam. Temos a medicina que vai dando suporte para os percalços da velhice, como a geriatria com seus recursos.
Mesmo com tudo isso, ninguém escapa dos imprevistos que estamos sujeitos. Certeza que a velhice chega, temos quer ter em mente. Devemos torcer para que seja uma velhice com lucidez, saúde física com poucos tropeços e saúde social, gostar de conviver com quem gostamos, ter amigos e, principalmente, fazer o que gostamos.
A velhice mudou muito de sentido e tempo, a minha intenção é nunca me sentir velha, ter consciência que tenho direito a ter sonhos e a realiza-los, não importando quanto tenho de idade!!

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