segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Jasmim manga

Sempre pensei em ter uma árvore na janela do meu quarto. Essa árvore tem que ter perfume, e mais ainda, tem que ser Jasmim Manga branca.
Por que Jasmim Manga branca? porque recordo da minha infância.
Quando tive que ir para a escola, quem acompanha meus textos sabe muito bem que morava numa fazenda sem escola perto. Lembro-me muito bem, parece um filme, eu sentada na escada da porta da cozinha, ainda pequena, segurando o lápis com certa dificuldade, sem qualquer experiência, fazendo bolinhas, riscos, minhoquinhas, acreditem, quem passava esse tipo de tarefa, era meu pai!! Foi um tempo de cuidado com o caderno, o lápis e a borracha, coisas que deveriam ser bem guardadas. Assim, meu pai fez toda essa preparação, que hoje é tão importante e debatida na pedagogia, a pré-escola. Ele não sabia nada de pedagogia, foi um ótimo professor. O tempo passando, a escola não chegando. A saída foi ir estudar, imagine vocês, fora. Fomos, eu e meu irmão para a casa de uma tia, irmã de meu pai, que tinha mais seis filhos, em Assis, interior de São Paulo. Lembro-me muito bem do colégio que fui estudar.
Casa estranha, eu pequena, escola grande, colégio de freiras, rigorosas, tenho marcado o dia que fui repreendida porque a sombrinha não era da cor do uniforme!! lembro-me do caderno de caligrafia, onde deveria antes de escrever na folha, fazer uma moldura de florzinhas...
A casa da minha tia, era tranquila, adorava o chá mate com pão e manteiga, nunca mais senti aquele sabor, sinto saudade desse chá. Foi nesse tempo que ganhei meu primeiro urso, era de veludo com um macacão vermelho, lindo! tenho até hoje essa roupinha, o urso já foi!
Bom, o Jasmim manga, me remete a esse tempo. Tempo longe de casa, que foi disfaçado pelo chá mate, pelo urso de veludo e pelo aroma do Jasmim Manga.

Viva para o bem

Tenho flores no meu quintal. Sei que sou responsável pela vida delas. O cuidado é todo dia. Assim que chego em casa no final do dia, depois de me desfazer dos sapatos, guardar a bolsa, trocar de roupa e abrir a geladeira, a primeira coisa que faço, é olhar minhas plantas. Vejo a necessidade de rega-las, tirar as folhas secas e revolver a terra, assim faço com que sintam-se amadas e importantes. Da mesma maneira, faço um paralelo com a nossa vida. Temos prazer em viver junto com outras pessoas.
Desde criança gostamos de ser observados, assim nos sentimos cuidados, ou mesmo guardados. Mesmo hoje, com muito mais tempo, muito mais juventude vivida, ainda gostamos de ser observados (no bom sentido...rsrsrs), ninguém gosta de ser ignorado. O que quero escrever é sobre o sentimento de ser esquecido, de não ser importante para ninguém. Pois foi lendo uma reportagem sobre certos trabalhadores que são ignorados, mesmo fazendo parte do nosso dia a dia, como os garis, os carteiros, que me veio essa ideia. Se até as plantas sentem quando são esquecidas, imagine nós!?
Sou uma pessoa comunicativa, extrovertida e alegre. Ultimamente, tenho observado com mais rigor, que as pessoas fazem suas escolhas. Analisando as escolhas de algumas pessoas, cheguei à conclusão que estão preferindo a solidão do que correr o risco de experimentar outras formas de viver. Gostaria de mostrar a essas pessoas que a vida se resume em emoções... se não somos capazes de viver novas emoções, qual o sentido de estar vivo?
Somos seres racionais, vez ou outra pensamos....rsrsrs nesses momentos de reflexão, vejo que a natureza, nos oferece tantas belezas e oportunidades, por que deixar passar em branco? Sei que muitas vezes não depende exclusivamente de nós, mas podemos ter sempre claro que se estamos aqui, é para fazer alguma coisa, então que seja para nosso bem e consequentemente, para os outros. Sempre digo, os maus momentos são certos, os bons momentos somos nós que os fazemos ou mesmo nós que os proporcionamos!!!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Sol e areia

Sol, areia e água... muita água. Estes são os atores do verão. Estive por uns dias descansando num lugar maravilhoso, lugar onde temos os ingredientes que compõe a natureza, muito ar, sol, areia, água e descontração. Durante esses dias andei sozinha pela praia, curtindo essa beleza que Deus caprichou sem economia. Tempo para conversar com Deus e comigo mesma. Pude avaliar os valores e sonhos.
Pude deslizar os pés nas águas rasas do mar... sozinha, no ritmo dos pensamentos. Gostaria que esses pensamentos fossem a realidade, de ver esses desejos realizados. São pensamentos que toda mulher tem, são da característica feminina, sonhar, idealizador um castelo, construir maravilhas e, a grande maioria deles são destruídos pelas águas da vida. Quando acordamos, vemos que somos muito irreais.
Durante essas caminhadas, penso em todas as pessoas que fazem ou fizeram parte da minha vida, vou olhando as pessoas em volta, muitas delas entram nos meus pensamentos.
Assim, vou construindo um tempo onde tudo é bom, onde posso mudar os fatos que na grande maioria me trouxeram tristeza. Essas caminhadas me trazem bem estar, acho que por sentir-me integrada à natureza, sentir que sou parte desse universo que ainda não está totalmente pronto, sinto-me em construção, em mudança. Por isso as marcas dos meus pé são apagados pela água, como a vida vai escrevendo nossa história, mesmo sendo protagonista em alguns momentos...deixo essa força me levar.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Novo Ano, lá vamos nós!!

Terminadas as festas de dezembro, lá vamos nós para a vida normal... a rotina... a esperança de mudança.
Essa fase de festas dezembrinas é muito boa, ficamos mais leves, alegres, cheios de boas expectativas e, ao mesmo tempo, refletindo sobre os acontecimentos que marcaram nossa vida no ano que termina.
Bom, sobre o ano que terminou nem preciso dizer nada, quem leu meus textos acompanhou muito bem  minha vida, sabe exatamente o que vivi.Agora, esse ano que inicia está meio que em suspense.
Tenho como costume fazer uma relação de metas para o novo ano, sempre faço no dia 1º de janeiro, esse ano até agora nada!!
Estive pensando sobre essas metas, hoje tenho mais áreas para atingir. Avaliando os objetivos não sei qual seria o mais importante. Penso muito em ser mais fiel a Deus, ter mais compromisso. Em outros momentos, seguir meus sonhos de juventude, aprender a dançar, voltar a estudar piano... logo, penso em acomodar-me e não planejar nada, deixar as coisas acontecerem ao gosto da vida. Tudo isso, deve-se quando reflito sobre o ano que passou. Foi um ano de alguns acontecimentos bons, como o casamento da minha filha, minha licença-prêmio, meu novo trabalho com novas, boas e maravilhosas amizades e um amigo que me aguentou com muita gentileza e paciência, também um ano de tristeza que foi a falta de meu pai. Posso dizer que foi um ano meio tranquilo com algumas modificações e realizações.
Para esse novo ano, não vou fazer a relação coisa nenhuma. Vou deixar a vida me levar, vou fazer a minha parte, vou ser mais paciente, vou mudar meu jeito de ser, tentar compreender as pessoas.
Para estes planos tenho como prioridade ficar alerta nas coisas que podem me irritar, me entristecer, me desencantar, isto tudo eu quero que nem chegue perto. Quero levar uma vida simples, sem frescura, sem delongas, curtir a natureza nas suas várias formas de beleza e encantamento. Desejo ouvir minhas músicas, voltar a garimpar algo antigo, sentir meus filhos mais perto, usufruir com os amigos de bons momentos de conversa sem compromisso, fazer uma boa viagem no ano e aceitar o que aparecer sem aviso, enfim, tirar proveito de tudo que possa me fazer bem.