terça-feira, 26 de julho de 2011

Esclarecimento do Edital

Nem sempre somos bem compreendidos. O texto "Esvaziando a casa", foi escrito expondo minhas expectativas, mas nem sempre todos tem as mesmas interpretações. Recebi crítica dizendo que somente fiz exigências, que mais parece um Edital de Concorrência. Sei que as pessoas que realmente me conhecem, sabem muito bem quem sou e como sou. Quero deixar claro que se fiz "exigências", é porque também farei e serei tudo o que espero encontrar. Sei que para um relacionamento ser tranquilo e de reciprocidade, ambas as partes tem seu papel de entrega e compreensão.
Um amigo, professor de língua Portuguesa, sempre diz que todo discurso tem sua intencionalidade, preciso lembrar mais dessa lição, ser mais cuidadosa, pensar que nem tudo é visto pelo lado inocente. Devo ser mais adulta, mais maliciosa, mais astuta quando for expor meus pensamentos, pois nem todas as pessoas entendem as palavras como elas são, sempre querem ler nas entrelinhas o outro lado do dircurso, mesmo que essa não seja verdadeira.
Prometo de hoje em diante, serei mais crítica quando for publicar novos textos.
Peço aqui minhas desculpas a todos, se por ventura tiveram essa impressão. Nunca pensei em ser uma pessoa convencida, ser mais importante que ninguém, se não disse o que posso oferecer em troca foi por pura ignorância de saber que poderia ter alguem que pudesse ir tão fundo na intencionalidade do discurso...
Sei que não somos perfeitos, por isso assumo meu erro, menos aceitar críticas grosseiras. Em momento algum tive a intenção de ser uma pessoa tão insensível ou mesmo pretensiosa.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Comida, procura diária

Estava na varanda de minha casa observando a Bolinha dentro da casinha dela, comecei a regar as plantas, no ir e vir com o balde cheio de água com fertilizante para as plantas, as sabiás ficaram em cima do muro assustadas com a movimentação. Depois que terminei a rega das plantas, foi que vi a razão das sabiás estarem perto com atenção nos meus movimentos. Queriam a comida da Bolinha, queriam comer a ração que estava na tigela. No início fiquei brava, ora o que poderiam essas aves quererem comer a comida das cachorras.
Durante o jantar, uma sabiá pousou no muro perto da cozinha, aí eu atentei para essa movimentação. É inverno, as frutas, as sementes e outro tipos de comida estão escassos nessa época. O inverno é uma estação que a maioria das frutas se recolhem, preparam-se para nova safra, assim ficam quase que adormecidas. Os animais que vivem da coletas desses alimentos passam por tempo de muita dificuldade para alimentar-se. Assim, todos os anos compro mamão, banana, caqui, laranja para servir aos meus visitantes famintos. Para mim, ve-los bicando as frutas engoli-las com satisfação e alegria é um prazer que em poucos momentos da vida tive. Em anos anteriores, essas aves ficaram tão acostumadas e mansas que várias vezes entraram na cozinha e não sabiam sair, imagine o que aprontavam!! e o susto que passava. Mesmo assim, voltavam.
Fazendo um paralelo dessa situação, posso mostrar que muitos seres humanos passam por dificuldades semelhantes. Dificuldades que já deveriam estar sanadas, pois com todo esse desenvolvimento na tecnologia, nas lutas de igualdade, na divisão da terra, nos mecanismos de controle de preço, enfim em todas as medidas de diminuição da fome, ainda não podemos dizer que estamos isentos de ver nossos semelhantes remexendo latas de lixo para colher alguma coisa que possa comer. Algo para vender, rendendo algum dinheiro ou até mesmo alguma coisa que possa lhe ser útil na casa.
Continuarei tratando das minhas aves, pois sei que na primavera recebo o pagamento com canto desde manhã.  Farei minha parte na diminuição de dificuldade do acesso aos alimentos para nossos semelhantes contribuindo nas organizações sérias que atendem uma determinada região. Sei que não é o suficiente, mas farei o que posso dentro das minhas condições.
De tudo isso o que mais me magoa, é a indiferença das pessoas que tem poder para diminuir ou até a acabar com essa situação. Mesmo assim, continuarei a alimentar minhas aves e dentro do possível, socorrendo as pessoas que necessitam  de um apoio urgente, sem ter tempo para esperar a programação e preparação dos órgãos responsáveis em diminuir ou até acabar com esse pedaço da nossa sociedade que envergonha a grande maioria.

domingo, 24 de julho de 2011

A casa esvaziando...

O tempo vai passando... lembranças vão habitando nosso pensamento... nos vemos crianças, jovens, indo à escola, faculdade,brincando de cabeleireira, cortando o cabelo da minha irmão, cortei uma vez que pareceu que era um menino,brincadeiras na rua, de pular corda, de bola queimada, vieram os  namorados, rindo, chorando, brincando de passa anel, lendo estorinhas, interagindo com pessoas que já se foram, com pessoas que nos esqueceram, ou mesmo aquelas que pensamos que as esquecemos, nossa vida vira um filme de várias tomadas de cenas e ambientes, filme rápido na nossa memória.
Caimos no hoje, com novas cenas, tomadas de direção, de decisões, o mundo interferino e entrando na vida de todos.
Tenho um casal de filhos adultos, o filho está casado, seguindo a vida que está nos planos, tem sonhos de trabalho,casa própria, seguir um caminho planejado. Comigo as coisas não foram tão assim, foram mais devagar, mas cheguei onde queria fazendo planos para cada cinco anos. Há tempo atrás escrevi sobre a saída de meu filho do meu ninho. Agora está chegando a hora da minha filha fazer sua saída.
Está na preparação da casa ficar pronta, programando a decoração,ela e o noivo estão muito envolvidos nesses preparativos.
Não querem casamento com festa, preferem aplicar o dinheiro no pagamento da casa e numa viagem.
Comecei a pensar em mim. Agora está chegando a minha vez!! o que farei? como vou ficar por um bom tempo envolvida na arrumação dessa mudança, irão para a casa deles. Já estou preparando algumas coisas que são de praxe ou costume a noiva levar para a nova casa, e prevendo que vou ficar com a casa vazia. Sinto tristeza por essa mudança, mas ao mesmo tempo sinto-me alegre em saber que os dois tem muita saúde, disposição, para vencerem na vida. Desejo que os caminhos que forem trilhar estejam sempre abertos e sem qualquer tipo de empecilhos. Muita alegria em saber que são unidos nos projetos, requisito básico para a duração do casamento. Os dois falam a mesma língua, estão sempre sintonizados nos mesmos interesses.
Meus filhos estando livres, andando com suas próprias pernas, sendo independentes, será a maior vitória que poderia conquistar na vida. Agora tenho que correr atrás de conquista pessoais.
E, eu, o que farei no meu tempo livre? Tenho que pensar em começar a reiniciar uma nova etapa na vida.
Etapa que desejo ser feliz, muito feliz, ser agente dessa felicidade. Começar a realizar os sonhos sonhados até hoje...sejam em companhia que goste das mesmas coisas que gosto, que saiba conversar, ouvir boa música, ficar deitado no sofá assistindo bom filme numa tarde de chuva, principalmente, que goste da minha companhia.  Vou resgatar meus prazeres de jovem, como reaprender a tocar piano, quero viajar para onde meu dinheiro der. Quero visitar Gramado, fazer um cruzeiro até Fernando de Noronha, conhecer o Morro de São Paulo e outros lugares do nosso Brasil, como fora dele.
Essas idéias estão há um bom tempo nos meus sonhos,escrevi dias atrás sobre a não realização dos sonhos, estou tentando tirar os sonhos  da minha vida e, passando a ser agente da minha vida. Vou tentar ser alegre, feliz, extrovertida, continuar a fazer as Caminhadas da Econatureza, da Curitigrinos, conhecer novas pessoas, fazer novas amizades. Claro que se surgir alguem que goste da minha vida e possa me acompanhar, será muito bem recebido. Desde que seja realmente um companheiro, que esteja ao meu lado, que possamos partilhar nossos projetos, que possamos fazer novos projetos. Uma pessoa que tenha vitalidade para usufruir das vantagens que a vida nos oferece.

sábado, 23 de julho de 2011

Sonhos concretos?

Sempre programamos nossas férias. Tenho uma idéia por mim, pois durante o ano de trabalho, de horário, correria, idas ao mercado no final do dia, roupas na máquina a noite, passar a roupa, molhar as plantas no escurecer, dia de faxina, preparar refeição para o dia seguinte, consultas médicas, costuras, horário no salão de beleza, afinal somos mulheres... então, fico sonhando com os dias de férias... sonhos que vão desde ficar as férias em casa, viajar para longe, viajar sozinha, sair sem rumo... fazer um cruzeiro....só que de todos esses sonhos só um foi realizado, penso que adivinharam. É, fiquei em casa as férias inteira!!!
Agora pergunto: será que o ser humano vive mais de sonhos? Por que é tão difícil realizar esses sonhos?
Cheguei à conclusão que sim, que vivemos mais de sonhos. Vejam: temos a literatura, os filmes, a música, as artes em geral, são todas em função de sonhos, de desejos, na sua grande maioria, não realizados.
Falo sobre esse assunto, para reflerir sobre perder tempo tão importante em coisas que não serão realizadas. Perdemos de viver intensamente o presente. Estou tomando consciência que o presente é o importante. O futuro vai se construindo... conforme vamos encontrando as dificuldades, as oportunidades vamos resolvendo de maneira que nos traga prazer e felicidade.
O futuro, os sonhos são projetos. Projetos são planos ainda não realizados com a possibilidade de modificações no seu transcorrer ou mesmo de sua realização. Assim, vou tentar não sonhar mais, vou deixar a vida me levar, como diz uma música.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Vaidade de Poder

Quando penso em poder, penso logo em Deus. Mesmo com esse tempo de vida, sempre me surpreendo com o ser humano nesse ponto.
Quem somos nós para pensar que somos superiores, imunes às intempéries da vida, quando assumimos um cargo ou uma posição com algum sentido de poder de decisão ou, mesmo de comando.
Sempre tive comigo uma posição de igualdade, eduquei meus filhos com a premissa que Deus é a sabedoria suprema, pois quando fez o Mundo, o fez redondo, assim não podemos esconder nada, tudo vêm à tona, não temos cantos.
Deus não fez mundos diferentes para as pessoas, somos todos iguais, estamos embaixo do mesmo céu sujeitos a todo tipo de trovoadas, aos lindos dias de sol, a admirar a lua cheia no horizonte do mar, a colher as flores que a natureza nos oferece e, assim vai... porque tem pessoas que acham que estão livres? Por que pensam que estão em outro mundo? Pensam que estão acima de Deus ou mesmo das nossas leis quando assumem um papel diferenciado?
A vaidade é um mal que predomina hoje, acompanhada pelo egoísmo ou individualismo, na grande maioria das pessoas. Assim, analisando as mudanças de comportamento das pessoas que assumem uma posição diferenciada na sociedade ou mesmo no seu mundo diário, fico desiludida com as revelações que aparecem. Pessoas sentindo-se senhora das decisões, sentindo-se com poder de mudanças radicais, acho até, que pensam que são super heróis...rsrs... tenho dó.
Sinto-me tão pequena nesse mundão, onde diariamente assistimos nos noticiários a reação da natureza diante do estrago que já fizemos, será que essas pessoas não pensam que a lei da física da ação e reação é permanente e real!
Desejo continuar sendo assim, quero ser apenas uma parte, dentro desse mundo que não é mais que um átomo no Universo. Quando o ser humano entender a dimensão dessa vaidade no cosmo, nosso planeta mudará para viver na paz!