terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Fechando mais um ano

A retrospectiva de 2011 terá de tudo um pouco, desde tristeza, decepção, alegria e surpresa... O ano inicia-se com uma grande tristeza. Na tarde de 31 de dezembro de 2010, meu pai passou mal, foi socorrido, transportado rapidamente para o hospital, submetido a uma cirurgia que transcorreu tudo bem, no início da manhã do dia 1º de janeiro de 2011, teve uma parada cardíaca e veio a falecer. Essa tristeza ainda está sendo superada, deixou marcas na família toda, por mais que tentamos entender, justificar, a falta dele sempre será sentida.
A vida continua, os dias vão passando, a vida vai tentando entrar na sua normalidade. Minha mãe vai se recuperando, tentando ser forte, superar a falta, volta para sua casa, leva seus dias como a vida quer.
Volto ao meu trabalho, na escola, encarando sala de aula. Estava fora de sala de aula há um bom tempo. Encontrei uma realidade que nunca pensei que poderia existir. Trabalho que tomava todo meu tempo, trabalho que era perdido quando tentava desenvolver. Encontrei alunos desinteressados, desmotivados, defasados, sem base de acompanhar um raciocínio de espaço, de formação de frase, de interpretação de texto, acreditem, alunos que simplesmente estão "passando" pela escola, cumprindo uma obrigação, não sentem a mínima responsabilidade de representar bem o papel com suas obrigações e seus resultados, que seria o conhecimento sistematizado, incorporado na sua realidade, como fator de alavanca para mudança dessa realidade. A nuvem que pairava sobre essa realidade, é de aceitação e conformismo, fez-me ficar descrente de uma escola honesta, escola que deveria representar seu verdadeiro papel, apresentar o conhecimento construído pelo tempo para ser contextualizado, resultando num novo conhecimento. Assim, senti necessidade de buscar nova opção de trabalho, que encontrei e sinto-me realizada, trabalho que busco desempenhar da melhor maneira, trabalho que todo dia tenho algo a aprender, onde o ser humano é tratado com respeito e consideração. Portanto, nesse ano o trabalho trouxe-me novo ânimo.
A vida doméstica vai correndo em paralelo, meus filhos vão seguindo seus caminhos, firmando seus objetivos, isto me tranquiliza. Vou atendendo minha mãe a distância e, cada mês fazendo uma visita.
A vinda do namorado da minha filha em definitivo, foi uma mudança que nos fez muito bem. Ter um homem em casa traz algumas alterações. Novas preocupações, a obrigações são divididas, aos poucos nosso convívio vai se harmonizando. Hoje posso dizer que estamos no mesmo tempo, estamos habituados aos nossos esquemas de boa convivência, comprovados pelos cumprimentos dos ritmo das nossas vidas e trabalho de cada um, sem qualquer rusga ou descontentamento. Esse convívio trouxe crescimento e respeito para todos.
Em setembro entrei em licença-prêmio, aquela de 90 dias que o funcionário público tem direito a cada 5 anos trabalhados, desde que não tenha nenhuma falta.
Tinha alguns planos para esses 90 dias, viajar para Gramado e Canela, construir a churrasqueira e deixar a casa inteira em perfeita ordem e limpeza.
Outubro fiquei em casa organizando pequenos reparos, como revisão no aquecedor, na máquina de lavar e, assim foi... finalzinho de outubro saí de viagem.
Nessa viagem convidei uma prima, fomos nós duas. Saimos de manhã, com o plano de parar logo depois de Florianópolis, dormir e seguir viagem no dia seguinte. Olhem, a viagem foi tão boa, tranquila que resolvemos tocar direto para Canela. Chegamos a tarde, nos instalamos na Pousada e, fomos fazer uma caminhada pelos arredores. Os 3 dias seguintes que ficamos entre Gramado e Canela foram muito bem aproveitado, fizemos os passeios aos pontos  turísticos, nos centros de comércio e restaurantes. Foram dias tranquilos, de liberdade de ir e vir, de entrar em lojas olhar...olhar... admirar... não gostar... degustar...assustar...bom, esse "assustar" tem uma estória engraçada. Entramos numa loja de artigos de decoração direcionadas para mesa. Tudo muito lindo. Entramos com a certeza de comprar, de tão lindos que eram os produtos. Logo de início ficamos admirando, passando a mão, olhando de cima a baixo as prateleiras ... a vendedora muito atenciosa logo veio. Fomos logo perguntando o preço de um artigo que nos tinha motivado a ida, quando ouvi o preço, pensei que era por uma dúzia, que nada, o preço era por unidade!  Acho que esse foi o maior susto que levei esse ano!!! Esse acontecimento foi por muitas vezes lembrado com boas risadas!!!
Voltando passamos por Florianópolis, visitamos algumas praias e admiramos a beleza de uma cidade com tudo para ser perfeita. Vim com o sonho de consumo mais sonhado, morar na Avenida Beira-mar, humm.... acho que quem tem essa oportunidade e vive-a com sabedoria esquece até de morrer...rsrsrs... Esse passeio foi o primeiro de outros que já estamos planejando.
Bom, chegando em casa, fui para outra empreitada, construir a churrasqueira e área de convivência. Depois de fazer orçamentos com construtores, a obra começou, ah! com a proposta de ser concluída em 3 semana... hum...se essas 3 semanas fossem de 21 dias seria uma maravilha!!! Essas 3 semanas foram de 40 dias!!não posso reclamar, a obra ficou como imaginava, fiquei esses 40 dias só em função da construção.
Agora estamos no final do ano, esse espaço está bombando, tentamos usa-lo sempre que possível.
O Natal se aproximando, o final do dia deve ser descontraído e mais suave. Assim, estamos lanchando com boa conversa, tentando deixar os problemas e a tensão de lado, para fazer esses dias de comemoração mais alegres e dignos de sua importância na vida. Tenho certeza que a maioria das pessoas querem que esses dias de comemoração do Nascimento de Jesus e o início de um novo ano sejam dias de confraternização, paz e muita alegria. Meus votos para meus amigos é de 365 dias de Natal no ano de 2012!! alegria, paz, saúde, harmonia e muitooo AMOR!! 
    

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Luzes no Natal

Dezembro, mês de comemoração. Comemora-se o final de mais 12 meses, comemora-se o nascimento de Cristo, mês de buscar encerrar as pendências, de reunir a família que durante esses 12 meses, por compromissos, não se viram, nem se falaram sobre suas tristezas e alegrias. Parece que em dezembro temos que por obrigação estarmos com tudo em ordem, tudo bem, todos alegres, parece que nos 11 meses passados, ficamos preparando o dezembro.
Hoje fui ver as Luzes do Natal no centro da cidade. Está maravilhoso, fiquei encantada com a imaginação do artista que criou  os arcos com luzes coloridas, assisti uma apresentação de teatro com música e dança, sobre Natal.
Vou muito pouco ao centro da cidade, na Rua Quinze, que é fechada para os veículos. Hoje simplesmente, estava lotada. A chuva quis se mostrar, deixou por momentos as pessoas molhadas com suas gotas. Parecia que até a chuva queria fazer parte do espetáculo...
Assisti o espetáculo de dança, fez-me lembrar do sonho de criança, ser bailarina, hoje tive a certeza que esse sempre foi um sonho, mas por motivos que nem eu sei, foi esquecido.
O passeio, foi lindo, muita gente, marido com esposa e filhos, amigos, jovens, turistas, pessoas de todas as idades. Senti que o espírito do natal reinava no meio das pessoas que andavam apertadas, esbarrando umas nas outras, melhor ainda, foi que a figura do Papai Noel não apareceu, gostei, pois tive a idéia que não precisamos dessa figura para viver um clima de alegria, de descontração, de união entre as pessoas, enfim, somente lamento que esse sentimento só venha á tona no mês de dezembro!!!      

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Homens de valor

Dias atrás recebi um email de um amigo que está fazendo um trabalho muito bonito, ele está resgatando um tempo que deveria ser registrado como história. O trabalho dele é através da Internet, onde criou espaços para encontrar pessoas que participaram de um tempo que ficou para trás. Tempo que vivemos numa cidade, hoje, pequena, imagine há 40 anos atrás!! Pelo Orkut e pelo Facebook, encontrou pessoas espalhadas pelo mundo, pessoas que também tem boas recordações.
Bom, vamos ao que me propus. Neste email enviado veio um arquivo de foto da placa de inauguração do espaço de lazer do nosso clube, o Loanda Tenis Clube, chique... hein!! O clube tinha a sede social, onde aconteciam os bailes, esses sempre muito disputados e frequentados, lembro-me perfeitamente das orquestras que animavam os bailes. No intervalo dos bailes, aconteciam as "brincadeiras dançantes", essas animadas com um "toca-disco", coca cola, cuba livre e muita conversa. Faltava a sede de lazer, onde teria a tão esperada piscina, pois nossa cidade era de muito calor!!
Decidiu-se construir a piscina. foi todo um trabalho de amigos, num objetivo comum. Os associados contribuiam nas mensalidades, cumprindo o calendário da obra, nossa piscina ficou pronta!
O que me deixou alegre foi que esse amigo, o Walter Pinatti Junior, enviou-me um foto dessa placa, não lembrava mais das pessoas que tinham tomado essa iniciativa, para minha surpresa e alegria vi o nome de meu pai como participante dessa obra que tanta gente desejava, pois era um atrativo a mais numa cidade que tinha somente um cinema e as "brincadeiras dançantes" como lazer para os jovens.
Deixo registrado meu carinho por todas essas pessoas que junto com meu pai deram tanta alegria e uma opção a mais para nós que nessa época, uma piscina, era tudo de bom para nossos finais de semana!!
Todos eles são homens de muito valor, a grande maioria estão esquecidos da história da cidade, penso que hoje, uma piscina de clube não é mais tão importante como ponto de encontro e diversão para os jovens. Sei que essas pessoas que tomaram a frente e concluiram a piscina, serão sempre lembrados, por mim, posso dizer, pelo Walter também, como pessoas valorosas, pessoas que deveriam ser destacadas na história de Loanda, pois foram fundadores da cidade que tantas pessoas hoje se orgulham. 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Trabalhadores que vão na frente!!

Estou com obras em casa, já devem imaginar a situação, a tão sonhada área de convivência, a churrasqueira e o pergolado estão, finalmente saindo... Foi muito planejado, mas com todo planejamento, uma coisa aprendi, não tenho perfil nenhum para topar uma construção, rsrsrs.
Para começar precisamos ter toda paciência do mundo com os profissionais envolvidos, desde o ajudante do pedreiro até o colocador da pia, das calhas, do pergolado, ah só quem passou por essa pode saber o que acontece. Imagino quando muitas pessoas se dispõe a construir a casa, agora sei quanto vale essa empreitada!! Tive que fazer o trabalho que não sei, vou falar uma coisa, fingia que entendia para não fazer feio, rsrsrs...
Algumas coisas que estranhamos, começando com a hora de início, nunca chegam na hora, ficava todo santo dia em suspense, sem saber se viriam ou não, que hora? faltavam o trabalho sem aviso nenhum, um dia, simplesmente, chegaram ás 12:40 horas, imagine você chegando para trabalhar essa hora??
Bom, devagar foi andando, uma obra que deveria durar 15 dias já passou de um mês!!
Agora, depois desse tempo tão tenso, caro, ah! só quem faz para saber o preço de uma obra em construção nesse país em "crescimento".
Uma pequena obra que envolveu alguns tipos de profissionais, serviu para perceber quantas pessoas vivem ao nosso redor que passam despercebidas, nunca perguntamos quem colocou os tijolos da casa que moramos? quem pintou? quem fez a calçada para receber nossos convidados? Essas pessoas constróem nossa casa, nosso sonho mais importante da vida e, nunca agradecemos a essas pessoas.
Deixo registrado aqui meu agradecimento a todos esses profissionais, e vale uma sugestão, por que não existir um dia para comemorar o trabalho dessas pessoas?

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dias chuvosos

Feriado é sempre bom, gostamos desses dias para fazer algo diferente da nossa rotina. Agora imagine um final de semana que se prolonga por mais dois dias de feriado com pura chuvaaa....isso é coisa para deixar qualquer um acabado. Essa chuva estava prevista, hoje não brincamos mais com essas previsões, assim, decidi ficar esses dias em casa. Fiquei sozinha, isso mesmo, sozinhaaa... fiquei 4 dias em casa com chuva direto e... sozinha!
Ah, pensei, dormi, comi, naveguei e senti realmente como deve ser a vida de uma pessoa solitária. Não gostei nada, nadinha. Fiquei 4 dias e, não gostei. Pessoas como eu, que estão à beira de ter essa vida, devem reagir e buscar formas de sair dessa.
Falar sobre relacionamento é fácil, o difícil é encontrar alguém que fale a mesma língua...rsrsrss não sei se é o valor da liberdade que está travando. Tenho conversado com pessoas que passam por isso, sempre justificando a dificuldade, algumas se poupando de sofrer, enfim, são várias as justificativas. Tem uma que é geral, os homens que estão sozinhos, na mesma faixa de idade, disfarçam, mas não querem companheiras que tenham a sua idade, com muito jeito preferem as mais novas, o que faz com que fiquem à procura... o que é uma pena, pois estamos vivendo as mesmas expectativas de futuro, temos a mesma experiência, geralmente estamos seguros do que queremos e sabemos muito bem o que nos espera. Seria muito mais proveitoso se compartilhássemos tudo isso, sem medo do futuro, sabendo que o passado ficou para trás. Desfrutar dessa sabedoria seria um prêmio à vida.    

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Passeando numa metrópole

Gente do céu... fui a São Paulo, minha nossa, que loucura!!! muito carro, muito cimento, muito asfalto, muita gente, nada de verde, calçadas vazias e uma cidade sem cor. Esses dias foram bons para pensar sobre o "progresso". Perguntei várias vezes a mim mesma, o que o homem busca? onde quer chegar?
Temos tanto estudo, tanta tecnologia e nesse aspecto de cuidar do nosso entorno, da nossa qualidade de vida tão falada, nada se acrescenta para melhorar. Percebi em São Paulo, que o poder da indústria imobiliária é forte e camuflada. Não respeita nada, infelizmente, esse poder avança sem preocupação.
Pela própria história, sabemos que a urbanização não tem volta. O que me entristece é que todo conhecimento acumulado está sendo deixado de lado em benefício do lucro imobiliário, das grandes construtoras.
Sociologicamente, falando, estão colocando os cidadãos morando cada vez mais em lugares pequenos, onde isolam-se. Morando em grandes complexos, com estrutura de megas spas, não podem usufruir dessas estruturas, como piscinas, jardins, playgrounds, quadras de esportes, academias de ginástica, espaço gourmet e outras mordomias. Tudo muito bonito e perto, mas tudo muito difícil e sem motivação.
São pressionados a cumprir um ritmo de trabalho-vida, que, simplesmente, o dia com 24 horas é curto. Nessas 24 horas o transporte, o horário de trabalho tomam tempo. Sua casa ou posso dizer, local de recolhimento, serve somente para fazer de conta que é dono ou senhor de alguma coisa... onde tem seus pertences pessoais e local para recuperar as forças para nova batalha de toda manhã. Afinal, acho que as pessoas que estão levando uma vida assim, estão piores que os homens da caverna. O nossos ancestrais, pelo menos, saiam para caçar somente quando tinham necessidade, hoje os nossos homens da caverna saem para cumprir seus compromissos com o Estado, com o convênio de saúde, com escola particular, com a prestação da casa, prestação do carro, com o consumismo, correndo atrás das novidades que a indústria joga na nossa cara todos os dias, isso toma todo tempo.
Pergunto, por que fazemos tudo isso? por que temos que viver como a indústria quer? por que temos que ser como querem que somos?
Até um certo tempo era normal almoçar em casa a família toda junta, com alimentos típicos à nossa mesa, hoje não existe hora de almoço da família. Almoça-se em restaurantes de quilo, ambiente estranho, sem  o gostoso encontro das pessoas e suas novidade, para partilhar, dividar as augurias e muitas vezes as alegrias.
Por outro lado, as pessoas se acham na obrigaçao de produzir...produzir...para ter mais grana...grana...que vai ser investida em novo projeto... que seja trocar de carro, mudar de casa, fazer uma grande viagem...e, assim vai caminhando a humanidade.
Terminando essa divagação da vida ultra moderna, deixo minha tristeza, pois estão destruindo as alegrias da vida para fazer de conta que somos premiados pelo conforto material, pelas facilidades eletrônicas e a simplicidade da natureza ficando no fim do túnel...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Vale a pena?

Estamos chegando mais uma vez, ao final de outro ano... nesses dias começo a rever se fiz alguma coisa que levarei de lembrança. Gosto de ficar sozinha, pensando se valeu, se construí algo, se mudei alguma coisa na minha vida e o que vou querer para o ano que vem chegando... e... rápido!
Não sou mais uma jovem, acho que por isso, sou muito rígida nessa minha avaliação. Vejo o tempo como uma preciosidade, sem volta, gostaria de poder realizar muita coisa que não tenho o poder de realizar, são metas que não dependem totalmente de mim.
Para esse ano que termina tenho poucas coisas para realizar, são metas simples. Começo a pensar o que vou querer para o ano que logo se inicia. Penso na minha carreira profissional, essa não tenho muito o que mudar, desejo continuar onde estou, cumprindo meu papel com responsabilidade e seriedade. Quanto à minha família estou passando por uma nova fase. Meus filhos estão voando, saindo do ninho. Seguindo a vida que eles escolheram, com seus parceiros, suas carreiras. Meu desejo para eles é só felicidade, realização dos sonhos e muita saúde. Para mim, os planos são de paz, trabalhar, praticar uma atividade esportiva, planejar e realizar uma boa viagem.
Bom, como estou somente começando a rever o ano que está acabando e pensando nas possibilidades que poderei ter para o ano que está vindo...vou parando por aqui para pensar mais. Sem esquecer que não posso tirar os pés do chão, ser realista.

sábado, 29 de outubro de 2011

Novas emoções em casa!

Novamente, escreverei sobre casamento, sobre união... estou vivendo a preparação de um casamento na família, agora será minha filha. Filha, que é minha amiga-confidente, amiga no seu sentido mais amplo e sincero que possam imaginar. Desde pequena, sempre foi muito ligada comigo.
Tive meus filhos depois dez anos de casada, para a época, era um fato estranho... tenho certeza que Deus demorou porque estava escolhendo bem quem enviaria. Deus, na sua mais perfeita bondade me enviou a Filha que hoje sei, é a que sempre sonhei. Desde que nasceu é parte da minha vida em todos os momentos, é a pessoa que posso contar em qualquer situação.
Algum tempo atrás escrevi sobre o casamento do meu filho, hoje escrevo da minha filha que também encontrou a pessoa para caminhar junto, com quem vai compartilhar novos sonhos e objetivos.
Quando temos filhos sabemos que serão nossos por um tempo, são criados para serem independentes, seguros, seguindo os caminhos da humanidade. Na vida sabemos que tudo é transitório, menos essa ligação entre pais e filhos, uma ligação de amor incondicional.
Na descrição de mãe, falo com certeza que fui uma mãe tranquila, sou uma pessoa que o casamento dos filhos é um fato de total liberdade e escolha deles. Nesse momento, que vejo minha filha tomando essa decisão, faz-me pensar o quanto foi proveitoso e prazeroso ter a presença dela comigo. Sempre foi muito esperta, ativa, precoce, começou a falar logo depois de um ano... nossas brincadeiras eram de raciocínio, responsável, linda, amorosa, uma filha que sempre me orgulho!!
Nas fases de crescimento foi forte e marcante, é uma pessoa extremamente sociável, sempre com muitos amigos e amigas, amizades preservadas com muito carinho e valor.
Chegando o tempo de ter sua casa, seus objetivos de vida a dois, vejo-me como uma pessoa que acompanhará esse novo tempo, um pouco à distância, sem interferir, somente desejando que seja o mais feliz que possa ter sonhado. A pessoa a qual foi escolhida para acompanha-la nessa nova vida, sei que a fará feliz, pois tem todas as características como companheiro que ela merece.
Desejo que sejam muito mais felizes, que os dias sejam sempre de novas emoções, sejam compreensivos e com a certeza da minha torcida para essa felicidade ser longa.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Tempo e tempos

A filosofia gasta e já gastou muito tempo na discussão sobre o Tempo, destacou os vários tempos. O tempo histórico, o tempo cronológico, o tempo ... não quero também ficar muito tempo tentando dizer os tempos que pode-se discutir. Aqui o tempo é somente o espaço temporal que estou passando nesse universo de diversidade, de contrariedade, de novidades... o meu tempo hoje é diferente do tempo que vivi quando criança.
O tempo de criança era grande, comprido, o dia era de muita coisa para fazer. Sobrava tempo para sentar na varanda conversar com minha avó, com os conhecidos e amigos que passavam pela calçada, de olhar com mais detalhes as plantas do quintal, de brincar na rua com os amigos, correr descalço, beber água na torneira, de brincar com o cachorro, ah! como o dia era grande!!
O Natal, esse dia então demorava uma infinidade, parecia que Deus fazia demorar só para ver a gente ficar sonhando com o presente.
Hoje temos um tempo curto...bem curto. Levantamos já achando que estamos atrasados, os afazeres são feitos sempre com pressa, pois já tem outro esperando. Conversar pausamente, isso ficou como tempo precioso. Imaginem, tirar um tempo para jogar conversa fora, temos que nos programar... as crianças estão escondidas, não vemos mais crianças por aí. Estão sempre ocupadas, com atividades escolares, extraescolares, nos jogos de computadores, nem sei onde andam, parece que é proibido criança brincar de correr, cantar, gritar nas brincadeiras de pega-pega, de esconde-esconde, de balança caixão, de salva, de pular corda e, assim vai...
Nos meus miolos, que vez ou outra funcionam, vejo que aquele Tempo meu de criança, era um Tempo sem a rapidez da tecnologia que hoje está no comando da nossa vida. Somente quem experimentou aquele Tempo sem tecnologia sabe como a vida era muito mais vivida. Agora, com toda sabedoria, conhecimento e informação disponível, somos pessoas correndo atrás daquele Tempo.   

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O amor é sempre jovem

Depois de ler meu texto anterior sobre relacionamento, fiquei em dúvida sobre a questão dos relacionamentos entre pessoas da mesma faixa etária. Pensei...pensei...e...concluí que cada dia sei menos!
Como sempre, lembrei de outro filme que retrata a relação de um professor universitário (Ben Kingsley) e uma aluna (Penélope Cruz), passando por uma grande paixão. O professor um homem com mais de 50 anos, há muito tempo sem viver uma paixão, ela uma jovem estudante vai desestruturar a vida desse professor.
Essa paixão vai ser minada pelo preconceito da sociedade em relação a casais com idades diferentes. O filme retrata muito bem as preocupações ou as complexidade que essa paixão cria, principalmente, para o professor. Surge o medo do preconceito em relação a casais com muita difrença de idade, que poderia ser vivida intensamente, não importa por quanto tempo, mas verdadeira.
Minha intenção aqui é trazer para reflexão que o amor não tem idade, que deve ser vivido, muitas vezes essa mudança  incomoda, nos tire da área de conforto... é natural do ser humano rejeitar o que parece belo e fácil, assim a maioria dessas paixões são abafadas, não vividas.
Nosso ponto forte de distinção dos outros animais são os sentimentos, como o amor, ora, quando temos tudo para usufruir dessa diferença, ficamos pensando...pensando e quem pensa muito não faz!
Por isso, quero deixar registrado que não sou preconceituosa quanto a esse tipo de relacionamento amoroso, acho até que deveríamos festejar quando surgisse esse tipo de situação, pois assim seria muito mais estimulante viver. 


                                                                                                                                      

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Deitar no colo e conversar...

Tenho pensando muito na questão de relacionamento humano, principalmente, entre homem e mulher. Busco na minha criação, verifico que sempre houve uma grande diferença de educação e de expectativa nos filhos. As meninas eram criadas para serem somente esposas, mães e quem sabe professora. Os meninos eram criados para as profissões de destaque, para serem os chefes, os provedores do lar. Lembro perfeitamente, que aos meninos tudo era permitido, tinham muito mais liberdade, parece que o mundo era deles! Deviam ser mais seguros, confiantes. Enquanto, as meninas deveriam ser frágeis, dóceis, delicadas e submissas. Bom, essa realidade foi até os anos 60, quando apareceram as primeiras manifestações de protestos dessa situação. As mulheres foram tomando consciência de igualdade e realizando sonhos até então nunca possíveis.
Hoje não podemos reclamar, temos toda chance de igualdade com os homens, só tem uma situação que não mudou... a questão de entendimento no relacionamento amoroso.
A questão do Amor continua a mesma, as diferenças são as mesmas. Persiste ainda toda uma barreira a ser quebrada. Estamos a cada dia mais sozinhos, seja homem ou mulher. Essa solidão existe porque nenhum quer ceder. Lembro do filme "Alguém tem que ceder", uma comédia romântica, onde o ator principal, apaixona-se pela mãe de sua namorada, uma garota com idade para ser sua filha. Essa paixão, o traz à realidade, percebendo que era ridículo se envolver com garotas, sendo ele um homem de meia idade.
Muito mais saudável é compartilhar as mesmas idéias, podendo planejar objetivos com alguém da sua faixa etária.
Finalizando, sinto em dizer que a maioria dos homens ainda não chegaram nesse ponto, acho que esqueceram que o tempo também passou para eles, estão à deriva, solitários, em busca do que não existe.
Deixo uma dica, busquem uma pessoa que te acompanha, que te entende, que gosta das mesmas músicas, que tem os mesmos valores, as mesmas avaliações, essa é a verdadeira companhia, amiga e parceira, do tipo que deita no colo e a conversa rola solta por muitas horas...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tecnologia e Passado

Somos exclusivos, na natureza somos os únicos seres com a capacidade de guardar lembranças. Além de termos memória, temos várias formas de arquivar as lembranças.
Quem acompanha meus textos percebeu que eu mesma, tenho várias maneiras. Vejam, temos fotografias, cartas, gravações em áudio e vídeo, bilhetes, roupas e assim vai... quero falar sobre a Internet como recurso de pesquisa para encontrar os amigos que se espalharam... amigos que por razões mil ficaram no ar. Estou vivendo um tempo de reencontro, um tempo que veio levantar saudade.
A Internet trouxe de volta amigos da época do primeiro namorado, dos bailes de debutante, músicas dos Beatles, do Roberto Carlos, bailes com orquestras, com os "Incríveis", das "brincadeiras dançantes" ao som de toca-disco, das cubas livres, dos concursos de beleza, dos desfiles de moda, dos campeonatos de volei, das festas juninas, das feiras agropecuárias, enfim das festas que envolviam pais e filhos. Essa tecnologia de comunicação, proporcionou o encontro de pessoas que fizeram parte desse tempo. Estou feliz em encontrar essas pessoas, em saber que também sou importante lembrança na vida delas.Sei de uma coisa, que somos seres do presente e do passado, alimentando desejos para o futuro.
As lembranças de um tempo onde tenho alegria em poder reconstrui-lo são importantes, pois sinto-me viva, sinto que somos os responsáveis pelo nosso futuro. Essas recordações fazem-me refletir com serenidade o que realmente desejo na minha vida. De uma coisa tenho certeza, gostaria de ter o poder em garantir o futuro nas mesmas proporções que vivi esse tempo que hoje estou trazendo á tona. Tenho que parabenizar esse recurso tecnológico, só assim vou buscar os amigos e lembranças que poderiam morrer, agora tenho nas mãos o resgate de um tempo sem pensar que acabou e, sim que estou vivendo-o com intensidade.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tempo em casa

Olá amigos, estou em casa, curtindo uma licença-prêmio, sabem aquela de temos direito a cada 5 anos trabalhados. Bom, isso para os funcionários estaduais, como sou professora da rede estadual, tenho esse direito. Não fiquem falando que é uma moleza, que é uma coisa sem merecimento. Estou há 13 anos sem tirar esse tipo de licença, como tenho esse privilégio, vou usufruí-lo, concordam comigo?
Então, estou pondo minha vida em ordem, bem que gostaria de acerta-la em todos os sentidos, mas vou fazendo o possível. Tenho tempo para fazer faxina nos armários e, até deixar de ser sedentária. Comecei fazendo uma faxina geral no meu armário, foi mesmo uma grande faxina. Fui tirando tudo que fazia um ano que não mexia, pondo fora... fui ao dentista, intercalando com as caminhadas de manhã em companhia das "meninas" Lola e Duna, terminando os trabalhos em patch, lavando com wap o quintal, bom... estou arrumando essa parte material, tentando acho, passar a vida a limpo.
Olhando pelo lado objetivo, estou somente materializando o que gostaria de viver. Quem acompanha meu blog sabe muito bem que estou em nova fase da minha vida. Acho que sempre estarei em nova fase.
Gosto de novidades, acho até, que sou agitada, impaciente e penso muito rápido, sempre pensando á frente... dando muitos fora por ser assim.
Generalizando, todas as pessoas passam por esse tipo de fase, seria muito bom se todos nós tivéssemos o poder de faxinar nossa vida, de poder mudar a ordem dos acontecimentos, de mudar de lugar, de consertar os imprevistos e até mesmo de arrumar tudo que fosse indesejável na nossa vida. Penso que essa forma de organização casular é uma forma de compensar o que não podemos mudar. Assim vamos levando a vida tentando sempre em um futuro bem melhor.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pássaros e Primavera

Dia 21 de setembro, chegando a primavera... as sabiás já acordam mais cedo, se fazem aparecer!! dia 05 de setembro foi o primeiro dia que as sabiás começaram a cantar para anunciar mudança de estação. Pelo visto a época do ano que elas mais esperam e aproveitam.
Durante o ano, nas outras estações, estão por aí, mas não se fazem notar, ficam quietas, mesmo quando roubam a ração da Lola e da Duna. Agora são atrizes principais da primavera. Cantam logo cedo, são as primeiras que vêem o sol, beliscam as minhocas que saem da terra para respirar, brigam por parceiras, por lugares nas árvores, ficam agitadas na dança da reprodução. É uma agitação o dia todo.
Fico observando o corre-corre, o canto e a pressa em realizar as etapas no tempo previsto.
Agora, o paralelo dessa agitação da natureza com a natureza humana, não é muito diferente. Temos nosso tempo de primavera, também. Quando temos nossos filhos, é o tempo de construir nossos alicerces na vida, ao mesmo tempo, de criar, educar e forma-los. Esse tempo passa, só vamos perceber que os filhos já estão buscando seu caminho quando ficamos sozinhos. O mesmo acontece com os pássaros, ficam atordoados com todo trabalho para garantir a continuação da espécie. Constroem seus ninhos, chocam seus filhos, criam, quando esses chegam a certa idade são atirados do ninho para o mundo, saindo a voar sem saber o que vão encontrar. Observando essa atitude, notei uma grande diferença com os humanos.  Como pais, nosso desejo é que nossos filhos sejam preservados das intempéries da vida, que sejam sempre felizes e saudáveis.
Bom, quando a primavera termina as sabiás continuam pelo meu jardim, só que bem mais calmas e tranquilas, com a sensação de tarefa cumprida, a mesma quando vemos nossos filhos encaminhados e felizes.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Falta de alguém...

Quando escrevi sobre o filme "Árvore da vida", pensei na vida e suas surpresas, sejam elas boas ou ruins. As boas parecem que nunca são suficientes, sempre queremos mais, muitas delas até as esquecemos, mas as ruins, ah! essas ficam na nossa memória marcando dias, meses e anos. 
Tenho algumas, uma delas foi a perda de minha irmã. Sei que não sou diferente de ninguém, como digo sempre, todos nós, independentes de qualquer situação, estamos sob o mesmo céu, sujeitos a todo tipo de trovoada e de brisa perfumada ... assim, há 30 anos minha irmã partiu. Foram anos de muito sofrimento e incompreensão sobre o fato. Ficamos muito tempo divagando sobre o por quê? Ninguém respondeu... ficamos sem resposta.
Refletindo sobre o que somos, para que estamos aqui e o que queremos? Cheguei à conclusão que nada somos nesse reboliço da natureza, nem sei a razão da nossa existência nisso tudo, o que podemos alterar ou contribuir nesse processo que chamamos de evolução, poder da natureza. Ela, a natureza, tem o poder de vida e morte sobre todos nós, não importa se você quer, se deseja, se gosta ou se vai sofrer... ela simplesmente FAZ!
Sei que esse tempo sem minha irmã, foi um tempo que ela fez muita falta. Deixou de ver meus filhos nascerem, crescerem. Essa falta deixou uma lacuna na vida da minha família que ser nenhum ocupou. Ainda hoje, sinto falta dela, quero tomar um café com ela, trocar receita, falar dos filhos, de moda, de viagens, trocar confidências, de decoração, enfim ter uma irmã perto.
Uma coisa nisso tudo está errado, ninguém deveria ter a liberdade de cortar a vida de outro.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Árvore da vida

Fui ao cinema ver o Brad Pitt, lindo, no filme, Árvore da vida. Ele poderia estar mais bonito, pensei no começo do filme. A música já me encantou logo de início. O desenrolar do filme não é típico dos filmes que estamos acostumados  a ver. Percebi que muitos espectadores sairam antes mesmo de entrar no sentido ou na mensagem do filme.
A fotografia é maravilhosa, de tecnologia moderna, nessas imagens vai-se descrevendo a natureza, o  surgimento do universo, as explosões, o sol com suas chamas, os vulcões, os meteoros, a água... intercalando com a vida rotineira de uma família norte-americana nos anos 50. 
Bom, entendi que nada podemos contra a natureza e suas manifestações, são superiores a qualquer poder de interferência, ela é poderosa, não precisa de ninguém, a evolução é seu trabalho, para a natureza não existe tempo.
Por outro lado, temos a fé que explica nossa fraqueza diante das alterações da natureza, sejam elas boas ou ruins. Fazemos parte dessa evolução porque a natureza permite.
Quando o filme termina, vejo que somos meros seres minúsculos nesse movimento tão forte. Tudo que se apresentar na nossa vida deve ser encarado como parte dessa evolução, nada podemos fazer para impedir que fatos ruins ou bons aconteçam na nossa vida.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Sentido de viver

Uma vez me disseram que não é bom pensar muito na vida, porque se pensar vamos entrar em parafuso! Terminando uma semana normal, sem nada de novo, fazendo um balanço, cheguei à conclusão que esse ditado tem razão.
Vejam. Tudo na vida tem seu momento certo. Quando criança temos um mundo só nosso que muitas vezes os adultos atrapalham ou até mesmo, estragam para sempre. Adolescentes, queremos ter esse mundo, só que pensamos em muda-lo, achamos que o transfomaremos. Adultos, temos que correr com as responsabilidades da sobrevivência. Enfim, chegamos à velhice... nesse momento acabei concordando com o ditado.
Voltando ao início do texto, refletindo sobre tudo que vivemos, repensando o sentido de estarmos na eterna busca da perfeita felicidade, harmonia, entendimento, saúde e significado dessa busca, conclui que lutamos em vão, que batemos em ponta de faca.
A felicidade, essa nunca saberemos quando chegará, pois somos eternos insatisfeitos. A harmonia, não encontramos em lugar nenhum, o homem, em seu sentido completo, está egoísta. Ah, o entendimento, esse não vejo em quase nenhuma atividade. Bem, a saúde, essa está cada dia mais complicada, temos o estress e a depressão atrapalhando.
No final da volta do trabalho, depois de pensar sobre o que queremos e o que fizemos dessa vida, estava chorando. Percebi que fiz muito pouco por mim e pelos outros que estavam à minha volta. Quanto ao que desejo foi mais triste, pois olhando para o futuro senti que o tempo não ajuda a mudar a realidade, ou seja, vamos continuar na mesma. Chorando tive a certeza que apenas vamos respirando, a rotação e a translação é que mandam!!

domingo, 21 de agosto de 2011

Velhice

Quando era bem mais nova, o tempo passava devagar. O Natal, o aniversário, a Páscoa, eram dias esperados com muita expectativa. Lembro-me que morava com  minha avó, tempo de estudar, meus pais estavam abrindo fazenda, derrubando mato para plantar café. Minha vida era brincar, ir para escola. Minha avó era uma pessoa muito generosa. Lembro-me que era viúva há muito tempo, era rica, dona de muitas propriedades, uma pessoa muito simples, com educação esmerada, gostava das coisas boas, muito ativa.
Hoje, pensando em velhice, vejo que naquela época achava minha avó uma pessoa velha. Hoje seria uma jovem senhora, pois ela devia ter uns quarenta anos, hoje uma mulher de quarenta anos é muito mais jovem. Não sei se é porque já passei dessa idade e sinto-me muito bem, vejo que a medicina, a tecnologia e a vida cotidiana é muito mais cuidadosa conosco. Não temos que fazer muitos trabalhos que antes as mulheres faziam. Temos a medicina que vai dando suporte para os percalços da velhice, como a geriatria com seus recursos.
Mesmo com tudo isso, ninguém escapa dos imprevistos que estamos sujeitos. Certeza que a velhice chega, temos quer ter em mente. Devemos torcer para que seja uma velhice com lucidez, saúde física com poucos tropeços e saúde social, gostar de conviver com quem gostamos, ter amigos e, principalmente, fazer o que gostamos.
A velhice mudou muito de sentido e tempo, a minha intenção é nunca me sentir velha, ter consciência que tenho direito a ter sonhos e a realiza-los, não importando quanto tenho de idade!!

domingo, 14 de agosto de 2011

Revendo amigos

Faz um bom tempo que estava longe dos amigos e parentes. Estamos envolvidos com a correria do trabalho, que ficamos longe dos amigos, digo amigos, porque nem sempre parentes são amigos. Por sorte, meus parentes mais próximos são meus melhores amigos. Sou uma pessoa que apesar de ser extrovertida, comunicativa e sem barreiras para começar um bate papo, tenho muito poucos amigos ou amigas.
Gostaria de ser o tipo de pessoa que tem amigos de monte. Vejo pessoas que estão sempre com amigos em festas, em reuniões, casamentos, viagens e passeios.
Vou tentar escrever menos nas postagens do Blog, pois nesse final de semana que passei com parentes, na cobrança que fiz pela falta da visita dele nesse Blog, prometi que escreverei menos, com a esperança de lerem.
O final de semana foi proveitoso. Revi parentes muito queridos. Parentes e amigos do Coração, pessoas que sei que sempre estarão comigo em qualquer momento e, sei que farei o mesmo por eles. Todos envolvidos com os afazeres da vida, cada um deles cumprindo muito bem seu papel, seja de avô, avó, mãe, pai, filhos e netos.
Minha alegria em ter uma família como tenho, é muito grande quando vejo que cada é feliz na medida que tomam consciência das responsabilidade de seu papel. Desejo que todas as pessoas tenham a chance de ter amigos dentro da própria família.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Viagens, mudanças e surpresas

Hoje estava viajando pelo passado, viajei longe...no tempo e no espaço. Voltei a vários tempos. Senti-me em várias épocas com várias idades, vários sonhos, vários pessoas que hoje não estão mais por aqui, com a natureza bem diferente, as pessoas com tempo para conversar e senti um movimento sem pressão e calor gostoso.
Quando estava naquele tempo, busquei minhas perspectivas de vida. Era uma pessoa muito curiosa, no bom sentido, queria saber de tudo, principalmente, das coisas que estavam longe, queria saber o que o mundo poderia oferecer. Olhando pelo tempo que deixei para trás, hoje vejo que sou o que nunca poderia imaginar que seria. Imaginava-me sendo uma pessoa mais calma com a vida. Hoje vejo-me como uma pessoa de muita coragem, ativa, sempre atenta a tudo que acontece ao meu redor e no mundo, sei que não consigo acompanhar tudo, mas tento não ser uma pessoa alienada.
Descobri-me outra pessoa, aquela que era lá no passado, tenho certeza, que ficou mesmo no passado.
O que quero para mim e minha vida hoje, é bem diferente do que queria. Sei que a vida com suas surpresas nos muda em muitos sentidos, gostos, conceitos e valores. Dizemos que amadurecemos, acho que não, pois quando realmente amadurecemos, morremos, caimos da árvore! Durante esse tempo de aprender, que é a vida e seu viver, vamos acumulando saberes sobre a natureza e sobre as artimanhas dos seres humanos que sempre nos surpreende.
Avaliando toda essa viagem, cheguei à conclusão que nunca podemos dizer que seremos para sempre a mesma pessoa. Basta fazer umas viagens pelo passado para saber que somos, de tempo em tempo, outra pessoa em todos os sentidos. Fico feliz que não sou o que era, ainda bem que temos essa chance de mudar. Gosto mais de mim hoje. Espero gostar mais ainda daqui uns anos!! Essas são as surpresas que a vida oferece, principalmente, em avaliar se as surpresas que encontramos pelo caminho contribuiram para boas mudanças.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Presente ou futuro?

Por onde vou?
Quem vai?
O que encontrarei?
Quem encontrarei?
Por que pensamos no futuro?
O que é o presente?
Sabemos o que é o presente?
Vivemos o futuro.
Viram que a afirmativa é o futuro. Cheguei à conclusão que vivemos o amanhã. O presente está sempre focado no futuro. O presente é somente um caminho pontilhado para chegar á realização dos sonhos que veremos realizados.
Nos dias atuais com a correria, para estar atualizado, conectado, faz a busca do futuro mais acelerada, assim nem percebemos que estamos deixando de viver o agora, o presente.
Tenho pensado muito em programar o futuro. Sempre fiz planos para serem realizados no prazo de 5 anos, há um tempo tenho deixado esses planos. A vida tem sentido quando sabemos o que fazer dela. Como historiadora, penso que esse tempo que temos de vida, é para escrevermos nossa história, ser personagem da vida. A vantagem é que a grande maioria do script somos nós mesmos que escrevemos.
O que posso dizer é que nossa inteligência permite que esse script algumas vezes seja mudado. Vale muito a pena viver sabendo que somos nós mesmos que escrevemos nossa história.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Conversa feminina

As mulheres quando se encontram falam de variados assuntos. Lembro que quando estamos em um grupo que predomina as felizes casadas, o assunto é sobre casa, marido, trabalho, filhos, netos, viagens e, até ou sobre doenças. Quando o  grupo é das solteiras, as separadas ou divorciadas os assuntos são mais variados e gerais. Fala-se pouco sobre casa, filhos, doenças e muito menos ainda em "maridos". Estou falando sobre isso, porque percebo essa diferença nos grupos que frequento. Gosto dos dois grupos, mas me divirto muito mais com o grupo das solteiras.
No grupo da solteiras, rimos muito. Falamos sobre bailes, namorados, paixões, confusões, amizades e tudo acaba numa boa, quer dizer, em muita risada!!!
As felizes casadas, ficam comportadas, com cerimônia, tentam manter a linha, procuram não passar do limite na cervejinha, nos aperitivos, sempre com roupa da moda, cabelos, unhas, botox, lipo, carro, decoração da casa e agenda social em dia. São centradas, sérias e seguras que educam os filhos da melhor maneira possível. As solteiras, que muitas já foram "bem casadas" deixaram essas conversas para trás... são alegres, levam a vida de maneira mais divertida, prazeirosa.
Depois de muita conversa com os dois grupos, percebi que todas são felizes à sua maneira. O que vale um ponto a mais para as solteira, é a alegria e espontaneidade. Muitas estão conscientes desse tempo de novas experiências, de sua liberdade e do poder de viver intensamente as oportunidades que a vida lhes oferecer.
Meu desejo é que todas as mulheres pudessem ser uma mistura desses grupos. Desejo que as mulheres fossem, principalmente, alegres, responsáveis e, seguras para viver a vida em toda sua plenitude. Gostaria que todas nós envelhecessemos com sabedoria do tempo e alegria da juventude.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Esclarecimento do Edital

Nem sempre somos bem compreendidos. O texto "Esvaziando a casa", foi escrito expondo minhas expectativas, mas nem sempre todos tem as mesmas interpretações. Recebi crítica dizendo que somente fiz exigências, que mais parece um Edital de Concorrência. Sei que as pessoas que realmente me conhecem, sabem muito bem quem sou e como sou. Quero deixar claro que se fiz "exigências", é porque também farei e serei tudo o que espero encontrar. Sei que para um relacionamento ser tranquilo e de reciprocidade, ambas as partes tem seu papel de entrega e compreensão.
Um amigo, professor de língua Portuguesa, sempre diz que todo discurso tem sua intencionalidade, preciso lembrar mais dessa lição, ser mais cuidadosa, pensar que nem tudo é visto pelo lado inocente. Devo ser mais adulta, mais maliciosa, mais astuta quando for expor meus pensamentos, pois nem todas as pessoas entendem as palavras como elas são, sempre querem ler nas entrelinhas o outro lado do dircurso, mesmo que essa não seja verdadeira.
Prometo de hoje em diante, serei mais crítica quando for publicar novos textos.
Peço aqui minhas desculpas a todos, se por ventura tiveram essa impressão. Nunca pensei em ser uma pessoa convencida, ser mais importante que ninguém, se não disse o que posso oferecer em troca foi por pura ignorância de saber que poderia ter alguem que pudesse ir tão fundo na intencionalidade do discurso...
Sei que não somos perfeitos, por isso assumo meu erro, menos aceitar críticas grosseiras. Em momento algum tive a intenção de ser uma pessoa tão insensível ou mesmo pretensiosa.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Comida, procura diária

Estava na varanda de minha casa observando a Bolinha dentro da casinha dela, comecei a regar as plantas, no ir e vir com o balde cheio de água com fertilizante para as plantas, as sabiás ficaram em cima do muro assustadas com a movimentação. Depois que terminei a rega das plantas, foi que vi a razão das sabiás estarem perto com atenção nos meus movimentos. Queriam a comida da Bolinha, queriam comer a ração que estava na tigela. No início fiquei brava, ora o que poderiam essas aves quererem comer a comida das cachorras.
Durante o jantar, uma sabiá pousou no muro perto da cozinha, aí eu atentei para essa movimentação. É inverno, as frutas, as sementes e outro tipos de comida estão escassos nessa época. O inverno é uma estação que a maioria das frutas se recolhem, preparam-se para nova safra, assim ficam quase que adormecidas. Os animais que vivem da coletas desses alimentos passam por tempo de muita dificuldade para alimentar-se. Assim, todos os anos compro mamão, banana, caqui, laranja para servir aos meus visitantes famintos. Para mim, ve-los bicando as frutas engoli-las com satisfação e alegria é um prazer que em poucos momentos da vida tive. Em anos anteriores, essas aves ficaram tão acostumadas e mansas que várias vezes entraram na cozinha e não sabiam sair, imagine o que aprontavam!! e o susto que passava. Mesmo assim, voltavam.
Fazendo um paralelo dessa situação, posso mostrar que muitos seres humanos passam por dificuldades semelhantes. Dificuldades que já deveriam estar sanadas, pois com todo esse desenvolvimento na tecnologia, nas lutas de igualdade, na divisão da terra, nos mecanismos de controle de preço, enfim em todas as medidas de diminuição da fome, ainda não podemos dizer que estamos isentos de ver nossos semelhantes remexendo latas de lixo para colher alguma coisa que possa comer. Algo para vender, rendendo algum dinheiro ou até mesmo alguma coisa que possa lhe ser útil na casa.
Continuarei tratando das minhas aves, pois sei que na primavera recebo o pagamento com canto desde manhã.  Farei minha parte na diminuição de dificuldade do acesso aos alimentos para nossos semelhantes contribuindo nas organizações sérias que atendem uma determinada região. Sei que não é o suficiente, mas farei o que posso dentro das minhas condições.
De tudo isso o que mais me magoa, é a indiferença das pessoas que tem poder para diminuir ou até a acabar com essa situação. Mesmo assim, continuarei a alimentar minhas aves e dentro do possível, socorrendo as pessoas que necessitam  de um apoio urgente, sem ter tempo para esperar a programação e preparação dos órgãos responsáveis em diminuir ou até acabar com esse pedaço da nossa sociedade que envergonha a grande maioria.

domingo, 24 de julho de 2011

A casa esvaziando...

O tempo vai passando... lembranças vão habitando nosso pensamento... nos vemos crianças, jovens, indo à escola, faculdade,brincando de cabeleireira, cortando o cabelo da minha irmão, cortei uma vez que pareceu que era um menino,brincadeiras na rua, de pular corda, de bola queimada, vieram os  namorados, rindo, chorando, brincando de passa anel, lendo estorinhas, interagindo com pessoas que já se foram, com pessoas que nos esqueceram, ou mesmo aquelas que pensamos que as esquecemos, nossa vida vira um filme de várias tomadas de cenas e ambientes, filme rápido na nossa memória.
Caimos no hoje, com novas cenas, tomadas de direção, de decisões, o mundo interferino e entrando na vida de todos.
Tenho um casal de filhos adultos, o filho está casado, seguindo a vida que está nos planos, tem sonhos de trabalho,casa própria, seguir um caminho planejado. Comigo as coisas não foram tão assim, foram mais devagar, mas cheguei onde queria fazendo planos para cada cinco anos. Há tempo atrás escrevi sobre a saída de meu filho do meu ninho. Agora está chegando a hora da minha filha fazer sua saída.
Está na preparação da casa ficar pronta, programando a decoração,ela e o noivo estão muito envolvidos nesses preparativos.
Não querem casamento com festa, preferem aplicar o dinheiro no pagamento da casa e numa viagem.
Comecei a pensar em mim. Agora está chegando a minha vez!! o que farei? como vou ficar por um bom tempo envolvida na arrumação dessa mudança, irão para a casa deles. Já estou preparando algumas coisas que são de praxe ou costume a noiva levar para a nova casa, e prevendo que vou ficar com a casa vazia. Sinto tristeza por essa mudança, mas ao mesmo tempo sinto-me alegre em saber que os dois tem muita saúde, disposição, para vencerem na vida. Desejo que os caminhos que forem trilhar estejam sempre abertos e sem qualquer tipo de empecilhos. Muita alegria em saber que são unidos nos projetos, requisito básico para a duração do casamento. Os dois falam a mesma língua, estão sempre sintonizados nos mesmos interesses.
Meus filhos estando livres, andando com suas próprias pernas, sendo independentes, será a maior vitória que poderia conquistar na vida. Agora tenho que correr atrás de conquista pessoais.
E, eu, o que farei no meu tempo livre? Tenho que pensar em começar a reiniciar uma nova etapa na vida.
Etapa que desejo ser feliz, muito feliz, ser agente dessa felicidade. Começar a realizar os sonhos sonhados até hoje...sejam em companhia que goste das mesmas coisas que gosto, que saiba conversar, ouvir boa música, ficar deitado no sofá assistindo bom filme numa tarde de chuva, principalmente, que goste da minha companhia.  Vou resgatar meus prazeres de jovem, como reaprender a tocar piano, quero viajar para onde meu dinheiro der. Quero visitar Gramado, fazer um cruzeiro até Fernando de Noronha, conhecer o Morro de São Paulo e outros lugares do nosso Brasil, como fora dele.
Essas idéias estão há um bom tempo nos meus sonhos,escrevi dias atrás sobre a não realização dos sonhos, estou tentando tirar os sonhos  da minha vida e, passando a ser agente da minha vida. Vou tentar ser alegre, feliz, extrovertida, continuar a fazer as Caminhadas da Econatureza, da Curitigrinos, conhecer novas pessoas, fazer novas amizades. Claro que se surgir alguem que goste da minha vida e possa me acompanhar, será muito bem recebido. Desde que seja realmente um companheiro, que esteja ao meu lado, que possamos partilhar nossos projetos, que possamos fazer novos projetos. Uma pessoa que tenha vitalidade para usufruir das vantagens que a vida nos oferece.

sábado, 23 de julho de 2011

Sonhos concretos?

Sempre programamos nossas férias. Tenho uma idéia por mim, pois durante o ano de trabalho, de horário, correria, idas ao mercado no final do dia, roupas na máquina a noite, passar a roupa, molhar as plantas no escurecer, dia de faxina, preparar refeição para o dia seguinte, consultas médicas, costuras, horário no salão de beleza, afinal somos mulheres... então, fico sonhando com os dias de férias... sonhos que vão desde ficar as férias em casa, viajar para longe, viajar sozinha, sair sem rumo... fazer um cruzeiro....só que de todos esses sonhos só um foi realizado, penso que adivinharam. É, fiquei em casa as férias inteira!!!
Agora pergunto: será que o ser humano vive mais de sonhos? Por que é tão difícil realizar esses sonhos?
Cheguei à conclusão que sim, que vivemos mais de sonhos. Vejam: temos a literatura, os filmes, a música, as artes em geral, são todas em função de sonhos, de desejos, na sua grande maioria, não realizados.
Falo sobre esse assunto, para reflerir sobre perder tempo tão importante em coisas que não serão realizadas. Perdemos de viver intensamente o presente. Estou tomando consciência que o presente é o importante. O futuro vai se construindo... conforme vamos encontrando as dificuldades, as oportunidades vamos resolvendo de maneira que nos traga prazer e felicidade.
O futuro, os sonhos são projetos. Projetos são planos ainda não realizados com a possibilidade de modificações no seu transcorrer ou mesmo de sua realização. Assim, vou tentar não sonhar mais, vou deixar a vida me levar, como diz uma música.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Vaidade de Poder

Quando penso em poder, penso logo em Deus. Mesmo com esse tempo de vida, sempre me surpreendo com o ser humano nesse ponto.
Quem somos nós para pensar que somos superiores, imunes às intempéries da vida, quando assumimos um cargo ou uma posição com algum sentido de poder de decisão ou, mesmo de comando.
Sempre tive comigo uma posição de igualdade, eduquei meus filhos com a premissa que Deus é a sabedoria suprema, pois quando fez o Mundo, o fez redondo, assim não podemos esconder nada, tudo vêm à tona, não temos cantos.
Deus não fez mundos diferentes para as pessoas, somos todos iguais, estamos embaixo do mesmo céu sujeitos a todo tipo de trovoadas, aos lindos dias de sol, a admirar a lua cheia no horizonte do mar, a colher as flores que a natureza nos oferece e, assim vai... porque tem pessoas que acham que estão livres? Por que pensam que estão em outro mundo? Pensam que estão acima de Deus ou mesmo das nossas leis quando assumem um papel diferenciado?
A vaidade é um mal que predomina hoje, acompanhada pelo egoísmo ou individualismo, na grande maioria das pessoas. Assim, analisando as mudanças de comportamento das pessoas que assumem uma posição diferenciada na sociedade ou mesmo no seu mundo diário, fico desiludida com as revelações que aparecem. Pessoas sentindo-se senhora das decisões, sentindo-se com poder de mudanças radicais, acho até, que pensam que são super heróis...rsrs... tenho dó.
Sinto-me tão pequena nesse mundão, onde diariamente assistimos nos noticiários a reação da natureza diante do estrago que já fizemos, será que essas pessoas não pensam que a lei da física da ação e reação é permanente e real!
Desejo continuar sendo assim, quero ser apenas uma parte, dentro desse mundo que não é mais que um átomo no Universo. Quando o ser humano entender a dimensão dessa vaidade no cosmo, nosso planeta mudará para viver na paz!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Saudade...

Tempo atrás dei uma volta à terra natal.
Sem perceber fui ao passado.
Senti-me sozinha, sem reconhecer as pessoas.
O que fazer com o futuro?
Foi bem isso que senti quando fui ver minha mãe. Ainda não falei sobre a perda que tive no dia 1º de janeiro desse ano. Meu pai faleceu quando o mundo festejava a entrada do novo ano, uma noite que mostrou as armações do destino. Provou mais uma vez que estamos vivendo as convenções da sociedade.
Por que temos um calendário que determina os dias que devemos comemorar?? Quem disse que estamos vivendo exatamente o que se marca? Bom, como estamos nesse mundo, temos que aceitar e viver de acordo com essas convenções.
Para mim esse dia que era muito esperado com desejos, sonhos e anseios de coisas boas, agora sempre será marcado com essa tristeza.
Vou falar um pouco de meu pai. Era um homem muito correto, sério, honesto, autoritário, inteligente, tinha lá, suas frustrações. Seu maior sonho era ter podido estudar. Gostava de ler, saber o que estava acontecendo, saber outro idioma, mas por situações da vida, não pode realizar esse sonho. Assim sempre falava do seu tempo de escola, lembrava o nome da primeira professora, dos amigos de escola.
Conheceu minha mãe, namoraram pouco tempo, casaram-se. Tiveram três filhos, um menino e duas meninas. Por um tempo moramos em uma cidade com certo padrão de conforto. Como a época exigia que buscassem melhores condições de construir um patrimonio, foram à luta.
Deixamos a cidade e partimos para o interior do estado, na busca de novas oportunidades. A vida de meu pai foi estritamente, trabalhar... trabalhar... já escrevi alguma coisa sobre esse tempo no início do meu blog.
Nunca fez uma viagem muito longe. Seus sonhos eram somente em ser independente, segurança na velhice, enfim, viver tranquilo, era o que falava.
Penso que morreu satisfeito, pois ultimamente viveu como sempre desejou. Concretizou seus planos. Foi durante todo esse tempo casado com minha mãe, tiveram um casamento com mais de 60 anos, coisa muito rara nos dias de hoje.
Acredito que onde estiver, sente-se em paz, pois cumpriu com tudo que sempre sonhou.
Tenho como lembrança, uma pessoa de muita fibra e determinação.
A falta será infinita, sinto que agora não tenho essa pessoa na minha retaguarda com quem podia recorrer a qualquer hora. Sinto-me sozinha, e mais ainda, terei que enfrentar as contrariedades com sabedoria e firmeza.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Caminhada

Meus filhos vivem pegando no meu pé para fazer uma atividade física. Sei que eles tem razão, só que nunca encontro tempo....mesmo assim, tenho minhas taxas de sobrevivência na média. Para isso minha filha vive arrumando programas. O último foi uma caminhada de 12 km.
Caminhada em prol de uma ONG que cuida de cachorros de rua, assim podia levar cachorros, claro que a Lola e a Duna nos acompanharam.
Bom, na noite anterior fomos dormir mais cedo, para não passar vergonha na caminhada.
Saimos cedo, embaixo de uma forte neblina, com  roupa leve, esperando calor. Fomos ao local de encontro com os outros companheiros. Esperamos todos chegarem, partimos em comboio, pois só os organizadores sabiam o caminho. Andamos por uma estrada de terra, área rural com características de serra. Região colonizada por italianos. Chegamos a uma igrejinha com salão de festa bem típico.
Fizemos um alongamento rápido, partimos para a caminhada...a neblina continuava. O caminho era de estrada de terra, com vegetação baixa, sofrida com o frio. propriedades de aparência velha, com cercas de arame velho, casas velhas, muitas abandonadas, uma região sem muito recurso de recuperação, parecendo não querer sair daquela realidade. Andando e conversando, fazendo amigos, observando as gotas que se agarravam nas pontas da folhas das árvores e a neblina indo embora... o sol começou a se mostrar e a fazer-se forte.
As curvas pareciam não ter fim, tudo muito sinuoso, nisso os metros e quilometros se completavam. No caminho encontramos flores que não conhecia, pés de mixirica carregado, voltei à minha infância, fui catar mixirica no pé... estavam doces. Nesse tempo a Lola e a Duna andavam sem parar, cheirando, entrando na água que encontravam... às vezes, iam longe na busca de algo que farejavam...
O sol já estava esquentando. Começamos a tirar os agasalhos e a sentir mais o calor da natureza silenciosa, nessa época nem os pássaros cantam. Para surpresa da minha filha, eu estava no pique total, estava acompanhando numa boa.
Depois de duas horas e meia, chegamos ao ponto final, completamos os quilometros sem qualquer problema. Outro alongamento feito para encerrar a atividade.
Assim, a caminhada foi um teste do meu preparo físico, modestia parte, senti-me muito bem, sem qualquer dor, sem muita canseira, até eu fiquei contente com minha performance.
O almoço foi servido, acompanhado dos novos amigos. Uma refeição caseira com  verduras orgânicas e pratos tipicamente italianos, como o risoto de frango e polenta.
Essas horas, serviram para avaliar o quanto a simplicidade é rica. O quanto apanhar uma fruta no pé, andar na terra, nas trilhas, conhecer novas pessoas e deixar o dia caminhar no seu ritmo pode mostrar que temos muito mais do que merecemos. Que Deus foi muito criativo e despreendido na criação.


sexta-feira, 17 de junho de 2011

Trabalho versus sonhos!

Hoje terminei outro curso sobre Educação, um curso oferecido aos professores da rede estadual, para elevação na carreira. Tenho mestrado da Universidade Federal de Santa Catarina, curso que a Secretaria da Educação não considera como requisito para elevação na nossa carreira do magistério. Para justificar, criou o Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, que sendo selecionado o professor deve cumprir determinadas etapas. Etapas essas, que tem como início a elaboração de um projeto, criar material didático, implantar esse projeto na escola de lotação e produzir um artigo. Em 2009 fui selecionada para esse Programa. Hoje entreguei o artigo, hoje finalmente terminei um trabalho de dois anos!!
Agora, desejo ter mais tempo para usufruir das coisas boas que a vida pode apresentar. Penso que chegou o momento de começar a realizar uns sonhos que fui deixando para trás. Sonhos esses, que tem como prioridade, viver mais com meus filhos, ouvir minhas músicas, ver os filmes com mais calma, realizar os passeios mensais, conversar sem pressa com os amigos, enfim, viver com calma e, se possível, encontrar alguém que aceite-me como sou.
Quando falo de "passeios mensais" é um sonho que tenho há muito tempo. São viagens curtas, viagens de finais de semana, viagens para lugares que oferecem descanso, onde a natureza seja centro de observação, onde se respire ar de tranquilidade, aroma de flores e possa desfrutar a liberdade dos animais no seu habitat.
Meus sonhos de futuro, são de começar a voar perto... por enquanto não tenho sonho de voar longe. Espero aprender a voar bem para voar alto e longe!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Retorno

Olá Amigos, estive fora por longo período. Várias foram as causas, desde trabalho, fatos naturais da vida, preguiça, falta de assunto e assim vai...quando parei pensei que nunca mais teria assunto.
Mesmo com todas essas causas, resolvi voltar, senti necessidade de escrever. Acho que aqui extravaso minhas tristezas, alegrias e descobertas. Nesse tempo, quase um ano, muitas coisas boas, tristes e aprendizagem passei. Mudei de trabalho, continuo arrumando minha casa, meus filhos mudaram de vida, houve casamento, isso quer dizer que minha família aumentou, ganhei uma nora, brevemente ganharei um genro. Também, perdi parentes queridos, pessoa que sempre fará falta. Meu pai faleceu de maneira muito rápida, sem aviso. Sinto-me sem amparo, sinto-me sozinha, agora mais do que nunca, tenho responsabilidade de caminhar com meus próprios conhecimentos e valores.
Nesse tempo, conheci pessoas que farão parte de boas lembranças da minha vida. Desejo ficar bemmm velhinha, com histórias para contar aos meus netos, assim tenho que viver a vida como se fosse um teatro, vivendo seus atos intensamente.
Espero poder continuar trazer a vocês coisas que possam gostar de ler, que tenha minha cara.