sábado, 29 de outubro de 2011

Novas emoções em casa!

Novamente, escreverei sobre casamento, sobre união... estou vivendo a preparação de um casamento na família, agora será minha filha. Filha, que é minha amiga-confidente, amiga no seu sentido mais amplo e sincero que possam imaginar. Desde pequena, sempre foi muito ligada comigo.
Tive meus filhos depois dez anos de casada, para a época, era um fato estranho... tenho certeza que Deus demorou porque estava escolhendo bem quem enviaria. Deus, na sua mais perfeita bondade me enviou a Filha que hoje sei, é a que sempre sonhei. Desde que nasceu é parte da minha vida em todos os momentos, é a pessoa que posso contar em qualquer situação.
Algum tempo atrás escrevi sobre o casamento do meu filho, hoje escrevo da minha filha que também encontrou a pessoa para caminhar junto, com quem vai compartilhar novos sonhos e objetivos.
Quando temos filhos sabemos que serão nossos por um tempo, são criados para serem independentes, seguros, seguindo os caminhos da humanidade. Na vida sabemos que tudo é transitório, menos essa ligação entre pais e filhos, uma ligação de amor incondicional.
Na descrição de mãe, falo com certeza que fui uma mãe tranquila, sou uma pessoa que o casamento dos filhos é um fato de total liberdade e escolha deles. Nesse momento, que vejo minha filha tomando essa decisão, faz-me pensar o quanto foi proveitoso e prazeroso ter a presença dela comigo. Sempre foi muito esperta, ativa, precoce, começou a falar logo depois de um ano... nossas brincadeiras eram de raciocínio, responsável, linda, amorosa, uma filha que sempre me orgulho!!
Nas fases de crescimento foi forte e marcante, é uma pessoa extremamente sociável, sempre com muitos amigos e amigas, amizades preservadas com muito carinho e valor.
Chegando o tempo de ter sua casa, seus objetivos de vida a dois, vejo-me como uma pessoa que acompanhará esse novo tempo, um pouco à distância, sem interferir, somente desejando que seja o mais feliz que possa ter sonhado. A pessoa a qual foi escolhida para acompanha-la nessa nova vida, sei que a fará feliz, pois tem todas as características como companheiro que ela merece.
Desejo que sejam muito mais felizes, que os dias sejam sempre de novas emoções, sejam compreensivos e com a certeza da minha torcida para essa felicidade ser longa.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Tempo e tempos

A filosofia gasta e já gastou muito tempo na discussão sobre o Tempo, destacou os vários tempos. O tempo histórico, o tempo cronológico, o tempo ... não quero também ficar muito tempo tentando dizer os tempos que pode-se discutir. Aqui o tempo é somente o espaço temporal que estou passando nesse universo de diversidade, de contrariedade, de novidades... o meu tempo hoje é diferente do tempo que vivi quando criança.
O tempo de criança era grande, comprido, o dia era de muita coisa para fazer. Sobrava tempo para sentar na varanda conversar com minha avó, com os conhecidos e amigos que passavam pela calçada, de olhar com mais detalhes as plantas do quintal, de brincar na rua com os amigos, correr descalço, beber água na torneira, de brincar com o cachorro, ah! como o dia era grande!!
O Natal, esse dia então demorava uma infinidade, parecia que Deus fazia demorar só para ver a gente ficar sonhando com o presente.
Hoje temos um tempo curto...bem curto. Levantamos já achando que estamos atrasados, os afazeres são feitos sempre com pressa, pois já tem outro esperando. Conversar pausamente, isso ficou como tempo precioso. Imaginem, tirar um tempo para jogar conversa fora, temos que nos programar... as crianças estão escondidas, não vemos mais crianças por aí. Estão sempre ocupadas, com atividades escolares, extraescolares, nos jogos de computadores, nem sei onde andam, parece que é proibido criança brincar de correr, cantar, gritar nas brincadeiras de pega-pega, de esconde-esconde, de balança caixão, de salva, de pular corda e, assim vai...
Nos meus miolos, que vez ou outra funcionam, vejo que aquele Tempo meu de criança, era um Tempo sem a rapidez da tecnologia que hoje está no comando da nossa vida. Somente quem experimentou aquele Tempo sem tecnologia sabe como a vida era muito mais vivida. Agora, com toda sabedoria, conhecimento e informação disponível, somos pessoas correndo atrás daquele Tempo.   

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O amor é sempre jovem

Depois de ler meu texto anterior sobre relacionamento, fiquei em dúvida sobre a questão dos relacionamentos entre pessoas da mesma faixa etária. Pensei...pensei...e...concluí que cada dia sei menos!
Como sempre, lembrei de outro filme que retrata a relação de um professor universitário (Ben Kingsley) e uma aluna (Penélope Cruz), passando por uma grande paixão. O professor um homem com mais de 50 anos, há muito tempo sem viver uma paixão, ela uma jovem estudante vai desestruturar a vida desse professor.
Essa paixão vai ser minada pelo preconceito da sociedade em relação a casais com idades diferentes. O filme retrata muito bem as preocupações ou as complexidade que essa paixão cria, principalmente, para o professor. Surge o medo do preconceito em relação a casais com muita difrença de idade, que poderia ser vivida intensamente, não importa por quanto tempo, mas verdadeira.
Minha intenção aqui é trazer para reflexão que o amor não tem idade, que deve ser vivido, muitas vezes essa mudança  incomoda, nos tire da área de conforto... é natural do ser humano rejeitar o que parece belo e fácil, assim a maioria dessas paixões são abafadas, não vividas.
Nosso ponto forte de distinção dos outros animais são os sentimentos, como o amor, ora, quando temos tudo para usufruir dessa diferença, ficamos pensando...pensando e quem pensa muito não faz!
Por isso, quero deixar registrado que não sou preconceituosa quanto a esse tipo de relacionamento amoroso, acho até que deveríamos festejar quando surgisse esse tipo de situação, pois assim seria muito mais estimulante viver. 


                                                                                                                                      

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Deitar no colo e conversar...

Tenho pensando muito na questão de relacionamento humano, principalmente, entre homem e mulher. Busco na minha criação, verifico que sempre houve uma grande diferença de educação e de expectativa nos filhos. As meninas eram criadas para serem somente esposas, mães e quem sabe professora. Os meninos eram criados para as profissões de destaque, para serem os chefes, os provedores do lar. Lembro perfeitamente, que aos meninos tudo era permitido, tinham muito mais liberdade, parece que o mundo era deles! Deviam ser mais seguros, confiantes. Enquanto, as meninas deveriam ser frágeis, dóceis, delicadas e submissas. Bom, essa realidade foi até os anos 60, quando apareceram as primeiras manifestações de protestos dessa situação. As mulheres foram tomando consciência de igualdade e realizando sonhos até então nunca possíveis.
Hoje não podemos reclamar, temos toda chance de igualdade com os homens, só tem uma situação que não mudou... a questão de entendimento no relacionamento amoroso.
A questão do Amor continua a mesma, as diferenças são as mesmas. Persiste ainda toda uma barreira a ser quebrada. Estamos a cada dia mais sozinhos, seja homem ou mulher. Essa solidão existe porque nenhum quer ceder. Lembro do filme "Alguém tem que ceder", uma comédia romântica, onde o ator principal, apaixona-se pela mãe de sua namorada, uma garota com idade para ser sua filha. Essa paixão, o traz à realidade, percebendo que era ridículo se envolver com garotas, sendo ele um homem de meia idade.
Muito mais saudável é compartilhar as mesmas idéias, podendo planejar objetivos com alguém da sua faixa etária.
Finalizando, sinto em dizer que a maioria dos homens ainda não chegaram nesse ponto, acho que esqueceram que o tempo também passou para eles, estão à deriva, solitários, em busca do que não existe.
Deixo uma dica, busquem uma pessoa que te acompanha, que te entende, que gosta das mesmas músicas, que tem os mesmos valores, as mesmas avaliações, essa é a verdadeira companhia, amiga e parceira, do tipo que deita no colo e a conversa rola solta por muitas horas...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tecnologia e Passado

Somos exclusivos, na natureza somos os únicos seres com a capacidade de guardar lembranças. Além de termos memória, temos várias formas de arquivar as lembranças.
Quem acompanha meus textos percebeu que eu mesma, tenho várias maneiras. Vejam, temos fotografias, cartas, gravações em áudio e vídeo, bilhetes, roupas e assim vai... quero falar sobre a Internet como recurso de pesquisa para encontrar os amigos que se espalharam... amigos que por razões mil ficaram no ar. Estou vivendo um tempo de reencontro, um tempo que veio levantar saudade.
A Internet trouxe de volta amigos da época do primeiro namorado, dos bailes de debutante, músicas dos Beatles, do Roberto Carlos, bailes com orquestras, com os "Incríveis", das "brincadeiras dançantes" ao som de toca-disco, das cubas livres, dos concursos de beleza, dos desfiles de moda, dos campeonatos de volei, das festas juninas, das feiras agropecuárias, enfim das festas que envolviam pais e filhos. Essa tecnologia de comunicação, proporcionou o encontro de pessoas que fizeram parte desse tempo. Estou feliz em encontrar essas pessoas, em saber que também sou importante lembrança na vida delas.Sei de uma coisa, que somos seres do presente e do passado, alimentando desejos para o futuro.
As lembranças de um tempo onde tenho alegria em poder reconstrui-lo são importantes, pois sinto-me viva, sinto que somos os responsáveis pelo nosso futuro. Essas recordações fazem-me refletir com serenidade o que realmente desejo na minha vida. De uma coisa tenho certeza, gostaria de ter o poder em garantir o futuro nas mesmas proporções que vivi esse tempo que hoje estou trazendo á tona. Tenho que parabenizar esse recurso tecnológico, só assim vou buscar os amigos e lembranças que poderiam morrer, agora tenho nas mãos o resgate de um tempo sem pensar que acabou e, sim que estou vivendo-o com intensidade.