sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Passeando numa metrópole

Gente do céu... fui a São Paulo, minha nossa, que loucura!!! muito carro, muito cimento, muito asfalto, muita gente, nada de verde, calçadas vazias e uma cidade sem cor. Esses dias foram bons para pensar sobre o "progresso". Perguntei várias vezes a mim mesma, o que o homem busca? onde quer chegar?
Temos tanto estudo, tanta tecnologia e nesse aspecto de cuidar do nosso entorno, da nossa qualidade de vida tão falada, nada se acrescenta para melhorar. Percebi em São Paulo, que o poder da indústria imobiliária é forte e camuflada. Não respeita nada, infelizmente, esse poder avança sem preocupação.
Pela própria história, sabemos que a urbanização não tem volta. O que me entristece é que todo conhecimento acumulado está sendo deixado de lado em benefício do lucro imobiliário, das grandes construtoras.
Sociologicamente, falando, estão colocando os cidadãos morando cada vez mais em lugares pequenos, onde isolam-se. Morando em grandes complexos, com estrutura de megas spas, não podem usufruir dessas estruturas, como piscinas, jardins, playgrounds, quadras de esportes, academias de ginástica, espaço gourmet e outras mordomias. Tudo muito bonito e perto, mas tudo muito difícil e sem motivação.
São pressionados a cumprir um ritmo de trabalho-vida, que, simplesmente, o dia com 24 horas é curto. Nessas 24 horas o transporte, o horário de trabalho tomam tempo. Sua casa ou posso dizer, local de recolhimento, serve somente para fazer de conta que é dono ou senhor de alguma coisa... onde tem seus pertences pessoais e local para recuperar as forças para nova batalha de toda manhã. Afinal, acho que as pessoas que estão levando uma vida assim, estão piores que os homens da caverna. O nossos ancestrais, pelo menos, saiam para caçar somente quando tinham necessidade, hoje os nossos homens da caverna saem para cumprir seus compromissos com o Estado, com o convênio de saúde, com escola particular, com a prestação da casa, prestação do carro, com o consumismo, correndo atrás das novidades que a indústria joga na nossa cara todos os dias, isso toma todo tempo.
Pergunto, por que fazemos tudo isso? por que temos que viver como a indústria quer? por que temos que ser como querem que somos?
Até um certo tempo era normal almoçar em casa a família toda junta, com alimentos típicos à nossa mesa, hoje não existe hora de almoço da família. Almoça-se em restaurantes de quilo, ambiente estranho, sem  o gostoso encontro das pessoas e suas novidade, para partilhar, dividar as augurias e muitas vezes as alegrias.
Por outro lado, as pessoas se acham na obrigaçao de produzir...produzir...para ter mais grana...grana...que vai ser investida em novo projeto... que seja trocar de carro, mudar de casa, fazer uma grande viagem...e, assim vai caminhando a humanidade.
Terminando essa divagação da vida ultra moderna, deixo minha tristeza, pois estão destruindo as alegrias da vida para fazer de conta que somos premiados pelo conforto material, pelas facilidades eletrônicas e a simplicidade da natureza ficando no fim do túnel...

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