segunda-feira, 20 de junho de 2011

Caminhada

Meus filhos vivem pegando no meu pé para fazer uma atividade física. Sei que eles tem razão, só que nunca encontro tempo....mesmo assim, tenho minhas taxas de sobrevivência na média. Para isso minha filha vive arrumando programas. O último foi uma caminhada de 12 km.
Caminhada em prol de uma ONG que cuida de cachorros de rua, assim podia levar cachorros, claro que a Lola e a Duna nos acompanharam.
Bom, na noite anterior fomos dormir mais cedo, para não passar vergonha na caminhada.
Saimos cedo, embaixo de uma forte neblina, com  roupa leve, esperando calor. Fomos ao local de encontro com os outros companheiros. Esperamos todos chegarem, partimos em comboio, pois só os organizadores sabiam o caminho. Andamos por uma estrada de terra, área rural com características de serra. Região colonizada por italianos. Chegamos a uma igrejinha com salão de festa bem típico.
Fizemos um alongamento rápido, partimos para a caminhada...a neblina continuava. O caminho era de estrada de terra, com vegetação baixa, sofrida com o frio. propriedades de aparência velha, com cercas de arame velho, casas velhas, muitas abandonadas, uma região sem muito recurso de recuperação, parecendo não querer sair daquela realidade. Andando e conversando, fazendo amigos, observando as gotas que se agarravam nas pontas da folhas das árvores e a neblina indo embora... o sol começou a se mostrar e a fazer-se forte.
As curvas pareciam não ter fim, tudo muito sinuoso, nisso os metros e quilometros se completavam. No caminho encontramos flores que não conhecia, pés de mixirica carregado, voltei à minha infância, fui catar mixirica no pé... estavam doces. Nesse tempo a Lola e a Duna andavam sem parar, cheirando, entrando na água que encontravam... às vezes, iam longe na busca de algo que farejavam...
O sol já estava esquentando. Começamos a tirar os agasalhos e a sentir mais o calor da natureza silenciosa, nessa época nem os pássaros cantam. Para surpresa da minha filha, eu estava no pique total, estava acompanhando numa boa.
Depois de duas horas e meia, chegamos ao ponto final, completamos os quilometros sem qualquer problema. Outro alongamento feito para encerrar a atividade.
Assim, a caminhada foi um teste do meu preparo físico, modestia parte, senti-me muito bem, sem qualquer dor, sem muita canseira, até eu fiquei contente com minha performance.
O almoço foi servido, acompanhado dos novos amigos. Uma refeição caseira com  verduras orgânicas e pratos tipicamente italianos, como o risoto de frango e polenta.
Essas horas, serviram para avaliar o quanto a simplicidade é rica. O quanto apanhar uma fruta no pé, andar na terra, nas trilhas, conhecer novas pessoas e deixar o dia caminhar no seu ritmo pode mostrar que temos muito mais do que merecemos. Que Deus foi muito criativo e despreendido na criação.


Um comentário:

  1. aee, foi isso e mais um pouco, adorei o domingo e quero passar muitossssss desses com vc hein. te amo

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